quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Opinião - Tributação sobre o streaming

O comentário de hoje é relacionado com a notícia dada pelo blog do Ricardo, o FilmesNetflix (notícia: http://filmes-netflix.blogspot.com.br/2012/08/ancine-cobrara-ate-r-3-mil-por-cada.html), dando conta que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) deve passar a cobrar um imposto sobre obras internacionais sem coprodução local e disponíveis para consumo sob demanda. Quem quiser saber mais é só ler a notícia e os comentários (furiosos, claro) dos visitantes do blog.
Meu objetivo é apenas um, colocar meu ponto de vista sobre o assunto. Se compararmos a qualidade das nossas produções nacionais com a elite internacional (Hollywood e as TVs americanas), claro que perdemos de lavada. E obviamente o interesse de qualquer consumidor de mídia é pelas produções estrangeiras, basta ver a quantidade de filmes nas locadoras, pay-per-view, streaming, sites de vendas. Salvo raríssimas exceções, nossas produções são fracas e de baixa qualidade. Então, como o governo pode ousar querer se aproveitar do interesse dos brasileiros pelo que realmente presta, para fazer dinheiro voltado para o desenvolvimento do nosso cinema - quando na verdade todos sabem que esse será o menor beneficiado com tudo isso?
Vai longe o tempo em que tudo nesse país tinha que ser alimentado por impostos. Muitos filmes nacionais contam com vários patrocinadores, ou no mínimo com o apoio da Globo, que por seus próprios interesses empresta atores, divulga nas novelas, etc. Também acredito que muita gente boa e que poderia estar somando ao cinema nacional é refém desse sistema, que injeta dinheiro em quem é conhecido e investe pouco em produções ou diretores iniciantes. Mas isso é uma questão de organização da própria agência. 
Para nós, em termos práticos, uma decisão dessas é temerosa. Além do absurdo da tributação, impressionam os valores sugeridos: R$ 3000,00 para filmes, R$ 750,00 para episódios. Talvez para algumas empresas não pareça muito, mas isso desestimula as empresas menores, encarece o serviço das maiores e até cria uma armadilha, onde um serviço de streaming terá que pesar se aquele filme pouco conhecido, e que pode não ter muito sucesso no serviço, custará 3 mil apenas por estar em seu catálogo.
O streaming vem se mostrando na verdade um grande aliado contra a pirataria, que tanto prejudica as distribuidoras e o próprio governo. Uma pessoa cercada de dois ou três bons serviços de streaming não precisa ficar comprando filmes no camelô. O governo deveria enxergar isso: os benefícios do serviço e as oportunidades que surgem com ele, como o estímulo à melhoria das conexões de internet, o declínio do uso da banda para torrents... não, acho que isso é esperar demais do nosso governo. Num país onde predomina a desinformação e a falta de visão de futuro, a ganância e a corrupção, a ideia de que é mais fácil se encostar em esmolas do governo do que trabalhar duro para conquistar os incentivos para a produção nacional, isso é apenas o retrato do que já sabemos: enquanto alguns trabalham duro para conquistar um pouco, outros não fazem nada para ficar com o dinheiro dos impostos que todos nós pagamos. Vergonha!

Em Breve - 29/08/12

O Pior Trabalho do Mundo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Notícias - 27/08/2012

Nova temporada de Breaking Bad chegará à Netflix em setembro

Jogos Vorazes (24/08/2012)


Jogos Vorazes - 2012

Links:  
Áudio:
Legendas:
Assistido em: 24/08/2012

Sinopse
Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.

Trailer


Opinião
Resolvi fazer parte da massa que correu assistir a Jogos Vorazes tão logo saiu na Netflix. Não conheço os livros, então entrei na história apenas pelo filme. No geral ele é bom, dá algumas pistas do tipo de mensagem que a história quer passar, mas apesar das 2 horas e 20 minutos de filme, achei que pouco tempo foi usado para o desenvolvimento dos cenários e dos personagens. Pouco deu para conhecer da situação dos distritos, ou mesmo do tipo de vida que levam os habitantes da Capital. O gesto de Katniss que provoca a revolta de algumas pessoas em seu distrito, a lembrança muda do que aparentemente foi a morte de seu pai no trabalho como mineiro, a ausência da mãe nos cuidados com os filhos, a relação entre Katniss e o rapaz de seu distrito que vemos umas duas ou três vezes no filme inteiro. Tudo isso ficou superficial demais. Mesmo as batalhas, ponto mais alto do filme, foram em alguns casos muito rápidas e sem a carga dramática que as cenas exigem. Será que nos livros as mortes também são “clean” como vimos no filme? Bom, sem lê-los é difícil dizer. Não é um filme perdido, distrai e prende a gente na narrativa. Mas eu fiquei com a impressão que mesmo a narrativa poderia ser melhor desenvolvida. Independente disso, a Netflix merece os parabéns pela iniciativa de disponibilizar o filme tão rapidamente, e mostrou que o que fez foi certo, pois o lançamento do filme foi destaque em todo lugar e atraiu mesmo a audiência de seus assinantes. Que continue assim!
Nota

sábado, 25 de agosto de 2012

Em Breve - 25/08/12

Species (A Experiência)
O Solteirão
Seven Pounds
Pineapple Express
Iceman

Notícias - 25/08/2012


Esta é uma excelente notícia, que complementa a informação sobre a disponibilização do "Pânico na TV" em breve: os acordos com a Bandeirantes e a Cultura. Na Band eu não vejo muita utilidade em relação aos programas que podem ser disponibilizados no futuro (Terceiro Tempo com Milton Neves? Kenan & Kel? :) ). Bem, talvez "A Liga", alguns especiais sobre títulos importantes do futebol ou conteúdo esportivo histórico poderiam ser úteis. Já a Cultura, se entrar a programação inteira seria fantástico... Cocoricó e Roda Viva já são ótimos cartões de visita para a parceria. Vamos esperar ansiosos!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Review: Saraiva Digital


 
Saraiva Digital

A Saraiva foi outra grata surpresa em minhas aventuras em busca de sites com conteúdo em streaming decente. Já sabia que a livraria on-line oferecia o serviço, e também já sabia que ele funcionava apenas com compras avulsas – algo que em geral não me agrada muito. Mas há mercado para todos, e mesmo que eu ainda ache caro pagar quase a mesma coisa numa mídia digital que se paga na mídia física, não custa lembrar que o custo de produção de um DVD/Blu-Ray é irrisório, e que provavelmente a maior parte do que pagamos ao comprar um título são os direitos da produção. Mas se o preço é próximo ou equivalente, o benefício também precisa ser: compatibilidade do vídeo com a reprodução em diferentes mídias (computador, Home Theather, DVD/Blu-Ray de mesa, etc.), durabilidade e confiabilidade. Mas feitas essas ressalvas, vamos ao que interessa: o conteúdo do site.
No dia do review (13/08/12) o site contava com impressionantes 5.291 filmes para compra e 1281 para aluguel, sendo que alguns filmes podem ser igualmente comprados ou alugados. Alguns poucos deles são até gratuitos, mas a qualidade desses não é exatamente uma unanimidade (exemplos de aluguel gratuito: desenho do Pequeno Príncipe, Mr. Magoo, Changeman, desenho das Tartarugas Ninja; exemplo de compra gratuita: A Música segundo Tom Jobim – extras).
Fiz o teste de reprodução de conteúdo gratuito e o processo assemelha-se a uma compra comum, onde o sistema identifica a gratuidade e fecha um pedido com a solicitação do conteúdo, sem pedir dados do cartão – apenas o login do usuário no site. Neste caso especificamente, após a compra recebi um e-mail onde era informado a disponibilização do filme, que pode ser visto até 48 horas após a primeira reprodução. Alguns filmes podem ter o aluguel de apenas 24 horas.
A ajuda do site esclarece que é possível ao cliente tanto assistir via streaming quanto baixar o filme para assisti-lo offline, seja para aluguel ou compra. A única ressalva é que seja dado “play” no filme ainda conectado na primeira vez, para que seja feita a ativação da licença de compra/aluguel do filme. O download dos filmes pode ser pausado, ou seja, não se perde o que já foi baixado em caso de desconexão da Internet. Nos computadores compatíveis (PC ou Mac) os filmes só podem ser reproduzidos através do Saraiva Digital Player. Ainda há compatibilidade com as TVs LG com o Net Cast. Não há menção ao suporte de celulares ou tablets. E logicamente, os filmes – mesmo os comprados – não podem ser gravados em DVD.


Agora vamos falar da qualidade dos filmes. Um sistema de compra avulsa é bom para quem quer lançamentos, pois uma boa parte dos recentes títulos de locadora podem ser encontrados ali. Em consulta ao site http://www.cinepop.com.br/locadoras.html foi possível verificar, dentre os lançamentos das locadoras no mês de Julho e Agosto/2012, que vários já fazem parte do serviço online (ex. Julho: 11-11-11, Poder Sem Limites, Terror na Água, Anônimo, A Música segundo Tom Jobim, Guerra é Guerra, A Viagem 2; ex. Agosto: Anjos da Noite 4, Fúria de Titãs 2). E aparentemente a Saraiva tem um acordo com o serviço Telecine On (versão on demand do Telecine que vende filmes em pay-per-view na Sky), pois vários lançamentos disponíveis para aluguel têm o logotipo do serviço. Exemplos de alguns dos disponíveis como lançamentos: 

Compra
Corajosos-HD (R$ 39,90); Fúria de Titãs 2 (R$ 34,90); Caçador de Recompensas (R$ 34,90); Happy Feet 2 (R$ 34,90); Premonição 5 (R$ 34,90); Noite de Ano-Novo (R$ 34,90); Esposa de Mentirinha (R$ 29,90); Anônimo (R$ 29,90); Anjos da Noite – O Despertar (R$ 29,90)

Aluguel
Imortais (24h-R$ 6,90); Poder sem Limites (24h-R$ 6,90); A Hora da Escuridão (24h-R$ 6,90); Anderson Silva: Como Água (24h-R$ 6,90); Apollo 18 (48h-R$ 6,90); Garota Infernal (24h – R$ 6,90); Guerra é Guerra (24h – R$ 6,90).


No comparativo entre a mídia física e a apenas digital, dá para ver que os preços variam bastante e fica difícil traçar um parâmetro sobre o que é justo, barato ou caro. Uma pesquisa rápida num site como o Buscapé mostra que alguns títulos têm um valor próximo da mídia física, se foram comprados digitalmente na Saraiva. “Fúria de Titãs 2” é 5 reais mais barato em sua versão digital; “Esposa de Mentirinha”, por exemplo, tem o mesmo preço na Saraiva em ambas as mídias. Até alguns absurdos são possíveis, como o DVD do “Premonição 5”, no site da Saraiva, custar 12 reais a menos do que a sua versão apenas digital.


Uma coisa que merece destaque no serviço da Saraiva é a sua lista de seriados, programas de TV e cursos. Existe uma boa lista de títulos, muitos de grande destaque, para compra. Entre os títulos existem os  educacionais, como vídeo-aulas de direito (134 títulos, por volta de R$ 5,00 cada), palestras motivacionais (Prof. Marins, Daniel Godri), vídeo-aulas da IESDE, aulas e vídeo-livros para concursos; nos seriados, os indispensáveis seriados americanos (Friends – 10 Temp.; Gossip Girl – 4 Temp.; E.R. – 15 Temp.; The Big Bang Theory – 4 Temp.; Two and a Half Men – 8 Temp.; Supernatural – 6 Temp.; Lost – 6 Temp.; Fringe – 3 Temp.; Smallville – 10 Temp.; Chuck – 4 Temp.; The Mentalist – 3 Temp.;), conteúdo da Rede Globo (Globo Repórter, Linha Direta, Tapas & Beijos, Os Normais, As Cariocas, Os Trapalhões, Sai de Baixo, A Diarista, e vários outros) e alguns infantis (Batman: Bravos e Destemidos, Changeman, Jaspion, Jiraya, O Pequeno Príncipe (animação antiga), Tartarugas Ninja (Fast Forward)).

 
Em geral um episódio avulso de um seriado custa entre 3,90 e 5,90, sendo que a compra da temporada inteira é sempre mais benéfica financeiramente – algumas vezes custando até a metade do preço se todos forem comprados de forma avulsa. As temporadas mais novas normalmente custam mais caro quando comparadas às mais antigas, provavelmente numa tentativa de estimular o equilíbrio entre os preços do digital e do físico.

 
Concluindo, fiquei realmente impressionado com a extensão do conteúdo da Saraiva e sua qualidade. Logicamente o ponto fraco é o custo, pois o uso freqüente de um serviço como esse realmente deve gerar uma grande despesa. Sem falar que as opções para assistir ao conteúdo são poucas, e cada título deve ser comprado individualmente em sua versão DVD ou HD. Mas eu achei interessante que eles tenham alguns títulos que não tinha encontrado em outros lugares. A Saraiva provavelmente tem um acordo com a Globo, já que oferece bastante conteúdo deles, bem como com o Telecine On, já que pelo visto os títulos on demand também estão no serviço. Desde que haja um bom mercado para o serviço, acho que é uma iniciativa válida e um serviço sólido e com conteúdo de qualidade, que teria tudo para vingar. Talvez o aumento da abrangência de mídias e outras alternativas de consumo, como uma conta mensal com algum conteúdo disponível ou descontos para sócios ou clientes fiéis compensaria o fato do custo ser próximo das mídias físicas.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Em Breve - 09/08/12


Aparentemente a Netflix mudou o método de listagem dos filmes ainda não lançados, ao testar os links hoje todos remetem à lista principal. Talvez os links só venham a funcionar quando os filmes estiveram liberados.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Notícias - 08/08/12

‘Once Upon a Time’ e ‘Revenge’ estreiam no Netflix (em Outubro) - http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/series-anos-2010-2019/once-upon-a-time-e-revenge-estreiam-no-netflix/

Essa notícia merece um comentário: o Crackle em seus comerciais entre os vídeos anuncia ambas as séries na grade da Sony, e agora o "concorrente" Netflix terá as duas disponíveis! Parece até proposital...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012